16/09/2013

Pega na minha mão



É um prazer o prazer de te encontrar
Sentir teu cheiro
Respirar teu ar
Ter incógnitas sobre você
É uma extrema boa sensação duvidar que você possa ser de carne e osso
Seguindo o caminho
Sem parar
Mas parando por alguns instante pra ouvir você falar
Pra ouvir a forma que você estremece as batidas do meu coração
Por inteiro
Por inteira
E completamente querendo ser encontrada
Resgatada
Amada
Confidente de toda a tua verdade
Seja nos dias de silêncio
Seja nos dias de barulho
Seja no congestionamento de nós dois
Pega minha mão
Eu quero descobrir o mundo com e em você
Eu quero descobrir o mundo em mim
Quero descobrir quem somos em nós
Não duas metades, mas dois inteiros
Um pouco de poesia
Uma taça de um bom vinho
Contar estrelas
Contar moedas
Contar histórias
Viajar
Admirável vida nova
Redescoberta todos os dias com você
Redescoberta porque você me descobre
Aperta meu peito contra o teu
Me protege da tempestade
Me dá uma vida boa dentro de um quarto de 2 por 3, com uma cama e um guarda-roupa
Eu te dou meus dias
Dou minhas dúvidas, minhas certezas
Meus defeitos
Minha preguiça sempre matinal
Minha fome noturna
Minha sobrancelha torta
Meus lábios rachados
Dou minha grosseria
Prometo textos te falando de amor
Finais semanas só teus
Filhos
Casa desarrumada
Lençóis limpos
Roupas amassadas
Uma mesa toda bagunçada de papéis
Latitude e longitude pensando em você
Viajando e voltando ao teu encontro, mesmo que seja milhares de vezes assim
Milhares de vezes, se possível, contando e (re)encontrando você pelo resto da vida!

01/09/2013

Acredite no amor, sua tola


Não dá para acreditar em um amor para a vida inteira, porque a vida está muito corrida e complicada. Os dias passam rápidos demais, não há mais a calmaria vivida pelos meus avós. Realmente, não dá para acreditar em um amor para a vida inteira, por isso cá estou eu, querendo desacreditar nisso. Os casais que foram casados por mais de 50 anos assim o foram por terem casado há 50 anos, não é? Não há mais amor. Mas e se eu quiser acreditar que existe amor para o resto da vida? E se eu quiser acreditar que o amor pode ser calmo, tranquilo e companheiro apesar dos dias corridos, complicados e desgastantes? Eu serei uma tola sonhadora romântica e extremamente boba. Haverá algum problema ser assim em um mundo que o que vale é o quanto você tem? Provavelmente sim, porque eu acredito no amor.
Eu acredito que um dia um cara maravilhoso vai chegar e arrebatar meu coração e sentidos. Vai chegar e me fazer acreditar que há uma vida para construirmos juntos, dois inteiros que se somam e continuam sendo um. Mesmo que ele seja atrapalhado, bagunçado e desajeitado, ele vai conseguir arrumar as bagunças do meu coração, junto comigo e eu junto dele. Junto dele construindo um caminho mútuo de respeito, companheirismo e tudo aquilo que juntos e separados nos permitiremos a viver. Mesmo quando separados for mais complicado, for melhor desistirmos- e tivermos tudo para desistir, nós não vamos desistir, porque aprenderemos que juntos somos melhores, não feito peças que se encaixam, mas como peças que se entendem. 
Ele vai entender meu olhar como nenhum outro entenderá. Ele aquecerá meus pés frios como nenhum outro aquecerá. Ele vai me abraçar tão forte que nenhum outro abraço será tão abrigo como o dele. Ele será o pai dos meus filhos, vai chorar quando eles se machucarem e orgulhoso tirará fotos das apresentações do colégio. Eu e ele vamos brigar, vamos discutir nas coisas banais, eu vou irritá-lo demorando demais para me arrumar. Ele vai me irritar jogando a toalha molhada na cama, sujando e não lavando a louça, dando refrigerante para os nossos filhos. Ele vai me fazer passar vergonha em uma reunião familiar, eu vou querer desejar nunca ter o encontrado. Ele me pegará pelo braço e dirá: "Você não fica bonita falando palavrão" e eu vou virar e mandar ele se ferrar. Ele me pegará pelo braço e me beijará com ternura. Ele será aquele que me ajudará a querer ser uma pessoa melhor, mesmo quando eu não for a melhor com ele, mesmo quando meus esforços forem rasos para mostrar o profundo amor que sentirei. Sei que vou amá-lo de maneira tão profunda que meu peito explodirá ocasionalmente de tanto querer bem e querer estar junto.Ele será o meu amor, como nenhum outro foi. Eu serei o seu amor, como nenhuma outra foi.
E você ainda me diz que é melhor desacreditar no amor?

Eis o vídeo de quem me mostrou que o amor ainda é digno de se acreditar:




Sem desgosto

Agosto chegou ao fim sem desgosto na boca. E na boca agosto partiu trazendo um sorriso. E o sorriso sobreviveu as tempestades do mês que não é, mas parece ser o mais longo. Agora chega setembro, o mês das flores, do dia marcado na minha certidão de nascimento, daquele sentimento esquisito que as coisas vão melhorar, daquele sentimento esquisito que te derruba e desnuda de todas as desculpas.
Agosto não sabe o que trouxe de tão lento que passou. Eu não sei como será o próximo agosto, nem tampouco, ouso querer pensar nos seus gostos. Não ouso pensar na porção de vida que passou de janeiro a agosto, eu só lembro que sobrevivemos. Não há nada de mágico, nem secreto, nem transcendental, foi apenas mais uma folha arrancada do calendário. Mas quem sabe, sem arriscar com cabeça- muito menos com o coração, a vida possa ser diferente depois desse agosto. Eu posso estar menos pior, continuando sendo pior. Eu posso estar mais esperançosa, mesmo estando no centro das minhas próprias guerras interiores e desejos ferozes. Uma coisa que agosto não sabe é que ele preencheu alguns dos vazios de uma forma que dezembro e janeiro pareceram, mas não preencheram. Preencheu com futuro trazendo presente.
E no fim, seja bem-vindo setembro. Abram as portas, escancarem as janelas, os corações e as bocas, aqui estou, decidida a morrer de amor e continuar vivendo.